terça-feira, 6 de outubro de 2015

Haja alguém!


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O jornalista Luís Pedro Nunes escreve esta semana um artigo com o subtítulo "A tal Internet das Coisas precisa de ser parada".

Deve ser lido, com muita atenção.

Uma coisa é uns quantos mais ou menos exóticos, principalmente nas Universidades, andarem preocupados com a evolução do mundo. Não tanto por evoluir, o que é normal e desejável, mas por a humanidade, em muito poucos anos, estar a comportar-se massivamente de um modo diferente, expondo-se individual e coletivamente de uma maneira nunca antes vista. Em larga medida, está a fazê-lo inconscientemente, ou porque considera que não há alternativa, o que não é melhor.

Outra coisa é um jornalista atento apontar a evidência e ajudar a perceber, na prática, algumas consequências da revolução digital e do uso intensivo de dispositivos, móveis e imóveis, ligados à internet.

O texto é publicado pelo jornal Expresso e gostava de apresentar um link para lá que o permitisse ler. No entanto, isso não é possível. Fica aqui um que, pelo menos, serve para conhecer o autor. O Expresso, ao contrário do que acontece com muitíssimos jornais, nacionais e internacionais com presença online, não permite que qualquer um, assim de repente, desate a ler os artigos que teve tanto trabalho a imprimir em papel e a vender em formato digital. Possivelmente ainda não se apercebeu que a internet dá a volta a tudo e, quanto mais não seja por isso, seria preferível dar-se a ler.

Fica, então, o link para um blog que apresenta integralmente o artigo, aqui.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

O elefante na sala II ou Bansky, who else?


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Este é “o” elefante na sala. De Bansky.

É uma maravilha, extremamente contestada, nomeadamente por defensores dos animais, que consideram um ultraje à honra do elefante apresentarem-no nestes propósitos, já para não falar do potencial de alergias que a tinta, certamente rasca, pode causar à sensível cútis do paquiderme. Pode ser que sim. Só o elefante poderia informar com propriedade se prefere a fama ou a honra. Há evidência que baste sobre humanos que têm preferido, sem hesitações, a fama.

A polémica, todas as polémicas, são bem-vindas quando se trata de arte, já que provocá-las, desinstalar, é normalmente o propósito primeiro do artista ou, pelo menos, o resultado que melhor indica que ali há coisa que valha a pena.

Há coisa que vale mesmo muito a pena em Bansky. Além de saber pintar - o que é bom, mas não tem uma importância extrema, já que não falta quem o faça bem - apanha o ridículo essencial de indivíduos, organizações, Estados e situações. Mostra, com inteligência e coragem, também física, a deliciosa e agoniante hipocrisia instalada. E, em minha opinião de criatura totalmente ignorante em arte, capta a natureza humana, atualizada ao século XXI, de um modo extraordinário e fascinante.