quinta-feira, 1 de outubro de 2015

O elefante na sala II ou Bansky, who else?


imagem da net


Este é “o” elefante na sala. De Bansky.

É uma maravilha, extremamente contestada, nomeadamente por defensores dos animais, que consideram um ultraje à honra do elefante apresentarem-no nestes propósitos, já para não falar do potencial de alergias que a tinta, certamente rasca, pode causar à sensível cútis do paquiderme. Pode ser que sim. Só o elefante poderia informar com propriedade se prefere a fama ou a honra. Há evidência que baste sobre humanos que têm preferido, sem hesitações, a fama.

A polémica, todas as polémicas, são bem-vindas quando se trata de arte, já que provocá-las, desinstalar, é normalmente o propósito primeiro do artista ou, pelo menos, o resultado que melhor indica que ali há coisa que valha a pena.

Há coisa que vale mesmo muito a pena em Bansky. Além de saber pintar - o que é bom, mas não tem uma importância extrema, já que não falta quem o faça bem - apanha o ridículo essencial de indivíduos, organizações, Estados e situações. Mostra, com inteligência e coragem, também física, a deliciosa e agoniante hipocrisia instalada. E, em minha opinião de criatura totalmente ignorante em arte, capta a natureza humana, atualizada ao século XXI, de um modo extraordinário e fascinante.   

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