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Este é “o” elefante na sala. De Bansky.
É uma maravilha, extremamente
contestada, nomeadamente por defensores dos animais, que consideram um ultraje
à honra do elefante apresentarem-no nestes propósitos, já para não falar do
potencial de alergias que a tinta, certamente rasca, pode causar à sensível cútis
do paquiderme. Pode ser que sim. Só o elefante poderia informar com propriedade
se prefere a fama ou a honra. Há evidência que baste sobre humanos que têm
preferido, sem hesitações, a fama.
A polémica, todas as polémicas,
são bem-vindas quando se trata de arte, já que provocá-las, desinstalar, é
normalmente o propósito primeiro do artista ou, pelo menos, o resultado que
melhor indica que ali há coisa que valha a pena.
Há coisa que vale mesmo muito a
pena em Bansky. Além de saber pintar - o que é bom, mas não tem uma importância
extrema, já que não falta quem o faça bem - apanha o ridículo essencial de
indivíduos, organizações, Estados e situações. Mostra, com inteligência e
coragem, também física, a deliciosa e agoniante hipocrisia instalada. E, em
minha opinião de criatura totalmente ignorante em arte, capta a natureza
humana, atualizada ao século XXI, de um modo extraordinário e fascinante.
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