terça-feira, 30 de junho de 2015

Selfies not so far


The first selfie stick


O mundo sofreu um rude golpe. Começaram a ser proibidos os selfie sticks. As consequências são imprevisíveis. Em vez de fotos de egos, devidamente enquadradas em paisagens e monumentos, vamos voltar às caras em formato de balão, com sorrisos em que se vislumbram as cáries. É uma calamidade. Alguém que queira ter uma fotografia sua devidamente pespegada, por exemplo, à frente do artista que atua no palco, ou mesmo da Mona Lisa, terá de pedir a outro alguém que a tire. Terá de haver, digamos, uma a pequena conversa ou, na melhor das hipóteses, uma breve troca de palavras: "Não se importa..., ah, claro, obrigado, de nada.". Um excesso. Em vez de conseguir postar imediatamente para o mundo, para o universo e diretamente para um numero rigorosamente determinado de desconhecidos amigos um correto "Aqui estou eu, com licença (cotovelada e ligeiro empurrão), o único em frente, embora de costas, deste artista, neste concerto a que estou a prestar tanta atenção" há que negociar com pelo menos uma pessoa, correr o risco de contacto físico, ao passar o telemóvel, da frustração da eventual recusa, da previsível incompetência técnica do eleito.

Pode ser que eles mudem de ideias e não privem a humanidade desta inovação sem a qual se receia pela qualidade de vida do homo digitalis, quem sabe se ainda sapiens. 




quarta-feira, 17 de junho de 2015

Nova medida do mundo


A Google é a nova medida do mundo. Tempo houve em que era o homem, enquanto ser fisico. Protágoras dixit. Hoje tende a ser a humanidade que pesquisa. No Google, claro.


Segundo a Blomberg o risco da Grécia vê-se nas tendências do motor de busca. Quase tudo se vê lá. Pesquisa-se o que interessa, mede-se o que se pesquisa, o que se mede interessa.



terça-feira, 16 de junho de 2015

Amanhã é hoje, hoje


É a quarta vez que inicio este blog. Por aqui se vê que as hipóteses de o manter são muito baixas.

Pode-se alegar a meu favor, como algo muito positivo sublinhe-se, o facto de não o ter divulgado. Sabendo-se que originaria ânsias desnecessária aos milhões que se interessariam e esperariam, em cada dia, a revelação do que tenho para debitar no ciberespaço, quis poupá-los.

Nesta quarta tentativa, abstenho-me de intenções e junto um pozinho que se afigura mágico, desafiando, quem sabe se estruturalmente, a natureza humana e, principalmente, alargando o que humano se tem considerado. Refiro-me ao digital, à tecnologia que pressupõe, à globalização que intensifica, aos comportamentos que altera.

Já não há dúvidas que chegou o homo digitalis. Espreitar as curiosidades que revela é, por natureza, interessante.